quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Tem alguma coisa estranha
neste espírito natalino,
andei pelas ruas sem ver teu rosto
nem sentir teus abraços
e hoje antes que descambe os sons dos sinos
pelo nascimento do menino,
me envia abraços cheios de ternura
votos de felicidades e candura.
Desconheço a manjedoura
me sinto a virgem parindo em dores
um amor contrafeito
desfeito desmedido esfacelado
e também iluminado,
porque é natal.
neste espírito natalino,
andei pelas ruas sem ver teu rosto
nem sentir teus abraços
e hoje antes que descambe os sons dos sinos
pelo nascimento do menino,
me envia abraços cheios de ternura
votos de felicidades e candura.
Desconheço a manjedoura
me sinto a virgem parindo em dores
um amor contrafeito
desfeito desmedido esfacelado
e também iluminado,
porque é natal.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sempre que suspendo a viagem
recolho as velas
prendo a embarcação,
me aparece sobre as brumas
com teu rouco sotaque
de tantos cais.
Marujo das tentações
do olhar que captura
horizontes
da lingua estranha de outras
solidões.
Teus pés não sabem andar
Minhas asas não querem pousar.
Não me prometa nem sol nem vento
não te darei minhas luas
e tormentos...
recolho as velas
prendo a embarcação,
me aparece sobre as brumas
com teu rouco sotaque
de tantos cais.
Marujo das tentações
do olhar que captura
horizontes
da lingua estranha de outras
solidões.
Teus pés não sabem andar
Minhas asas não querem pousar.
Não me prometa nem sol nem vento
não te darei minhas luas
e tormentos...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Jura secreta 14
eu te desejo flores lírios brancos
margaridas girassóis
rosas vermelhas
e tudo quanto pétala
asas estrelas borboletas
alecrim bem-me-quer e alfazema
eu te desejo emblema
deste poema desvairado
com teu cheiro teu perfume
teu sabor teu suor tua doçura
e na mais santa loucura
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso :
palavrArte até a morte
enquanto a vida nos procura
artur gomes
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Interessa me teus caminhos
muito,
por onde vai e porque voltas.
ondas são ondas
algumas bradam... outras brandam
e sempre levam
voce.
Sempre esta indo
quando te vejo vindo
mesmo assim esta indo,
voce é a onda
malemolencia de viver
se deixar ir
vir
estar.
Me abro em abraços
para te esperar em tuas espumas
ondas
meia praia numa meia vida...
muito,
por onde vai e porque voltas.
ondas são ondas
algumas bradam... outras brandam
e sempre levam
voce.
Sempre esta indo
quando te vejo vindo
mesmo assim esta indo,
voce é a onda
malemolencia de viver
se deixar ir
vir
estar.
Me abro em abraços
para te esperar em tuas espumas
ondas
meia praia numa meia vida...
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Alma de vidro sentou no divã,
embaçada, sem transparencia
fustigada por muitos contra amores
e uma chuva cinza,
Descobriu no meio da análise
que seria sempre de vidro
meio caminho para não ter medo,
O resto foi feito com flanela nova
e um tanto de amor próprio,
Ainda é sujeita a quebras
mas reconhece de longe
a desilusão e a dor
escolheu refletir o sol.
embaçada, sem transparencia
fustigada por muitos contra amores
e uma chuva cinza,
Descobriu no meio da análise
que seria sempre de vidro
meio caminho para não ter medo,
O resto foi feito com flanela nova
e um tanto de amor próprio,
Ainda é sujeita a quebras
mas reconhece de longe
a desilusão e a dor
escolheu refletir o sol.
sábado, 1 de outubro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Nem percebeu...
me trouxe ares de uma Porto Alegre
cheiro das ruas
colorido das gentes
verde acinzentado das praças.
Fecho os olhos, vejo o passo miúdo
de senhorinhas do Alto da Bronze,
ouço a gritaria alegre do cortejo
do teatro de rua.
O Guaíba desliza manso
remando o por de sol,
a menina que passa
dentro do carro, soluça,
seu coração foi num balão...
foto Leila silveira junho 2008 Porto Alegre
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Setembro é uma menina moça
flores no cabelo cheiro de laranjeira,
Setembro é o amigo que volta
o abraço que fazia falta.
Setembro é mais que fim do inverno
é o colorido das ruas flores nas janelas
esperança de vida, sonhando com
pássaros fora da gaiola.
Setembro sou eu pedindo perdão
colhendo pitangas me achando linda,
acolhida por este chão...
flores no cabelo cheiro de laranjeira,
Setembro é o amigo que volta
o abraço que fazia falta.
Setembro é mais que fim do inverno
é o colorido das ruas flores nas janelas
esperança de vida, sonhando com
pássaros fora da gaiola.
Setembro sou eu pedindo perdão
colhendo pitangas me achando linda,
acolhida por este chão...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Em agosto nem reparei nas flores,
se houve formosuras pela vida, não ví.
Aguardei setembro como quem espera
o bolo esfriar para comer,
alimentei sonhos de sol e flores
deixei de dormir sonhando com estar
acordada para dar vivas,
se houve formosuras pela vida, não ví.
Aguardei setembro como quem espera
o bolo esfriar para comer,
alimentei sonhos de sol e flores
deixei de dormir sonhando com estar
acordada para dar vivas,
quando chegasse setembro.
O cinza pesado dos dias ficando
lá atras em alguma outra estação
a espera de incautos seres desavisados
apaixonados crentes e cegos .
A constatação não me salva dos abismos
de mim mesma , mas clareia o caminho.
O cinza pesado dos dias ficando
lá atras em alguma outra estação
a espera de incautos seres desavisados
apaixonados crentes e cegos .
A constatação não me salva dos abismos
de mim mesma , mas clareia o caminho.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Por não se enxergar no espelho,
pinta o rosto,
como imagina, talvez seria,
uns olhos castanhos esverdeados
com reflexos de mar.
com reflexos de mar.
Pele branca parecendo lua crescente,
cabelos escuros lisos com pontas dançantes,
sempre desalinhados,
sempre desalinhados,
boca cheia, de palavras não ditas.
Aquela quer mais vida,
que esta,
que escreve poesias.
que escreve poesias.
A imagem não sofre nem chora
se apagará um dia, sem tristeza,
desbotada
guardada em páginas de algum livro,
esperando ser decifrada,
desvendada.
desvendada.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A estética do frio...
Vitor sabia
que este lado gelado dos trópicos
traz este prazer de chorar
sozinho com a cuia na mão.
Olhar o branco do lado de fora
pensar em Neruda ouvir Nei Lisboa,
sonhar com primaveras de sol e flores,
ter saudades do calor tórrido
sentir falta dos suores vapores
decotes ombros e pele a mostra.
O amor em mim hoje
tem um frio insuspeito de inverno
do ser que amadurece.
Vitor sabia
que este lado gelado dos trópicos
traz este prazer de chorar
sozinho com a cuia na mão.
Olhar o branco do lado de fora
pensar em Neruda ouvir Nei Lisboa,
sonhar com primaveras de sol e flores,
ter saudades do calor tórrido
sentir falta dos suores vapores
decotes ombros e pele a mostra.
O amor em mim hoje
tem um frio insuspeito de inverno
do ser que amadurece.
sábado, 30 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
Morte de Amor
O crachá verde no jaleco branco,
silencio ao momento solene,
sentar...estender o braço,
busquei a janela com os olhos
e a vida com a esperança.
Lá fora frio e vento
Olhei para a moça de branco...
um galho sem folhas balançando,
nem um som , como um sonho, uma viagem...
tres tubos de laboratorio
cheios de sangue, vermelho vivo
Meu sangue.
Ali nos tubos, indo para São Paulo
Minha vida junto.
Neste momento deixei de amar.
Um grande amor virou passado
No sangue tão vermelho.
Minhas memórias nos tubos
para ser examinado
Não importa,
não importa o resultado
o amor é sobreviver a dor.
Como pode uma dor ou um amor,
Abstratos,
Tornarem-se concretos
em tubos?
Agora com lacres, meu nome.
Em São Paulo ninguém saberá que o sangue faz poesia,
teatro, chora com a felicidade e
...morre
ao ver as tristeza de amigos.
É Caio se desfragmentando para ver
se toda dor do mundo cabia num diagnóstico.
Entrei na fila
dos meus poetas tuberculosos
dos meus amigos soropositivos
das crianças com leucemia.
Eu, nos tubos
Que não sabem
que a poesia e o blues fazem parte da vida.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Restos
Onde vc esta?
Estou chegando me aguarda.
Nem sabia o que dizer mas precisava fazer isso.
Magro, blusão novo, sapatos novos
Barbeado, jeito de cansado
Tranquila e calma,
Olhei em seus olhos,
Ele não olhava nos meus
Falou de muitas coisas
Mas não me falava nada.
Eu falei tudo mansamente.
Ele, mãos na nunca, virava o pescoço para os lados
Levantou, pegou um bloco e uma caneta, sentou de novo.
Nao fez nada.
Estou chegando me aguarda.
Nem sabia o que dizer mas precisava fazer isso.
Magro, blusão novo, sapatos novos
Barbeado, jeito de cansado
Tranquila e calma,
Olhei em seus olhos,
Ele não olhava nos meus
Falou de muitas coisas
Mas não me falava nada.
Eu falei tudo mansamente.
Ele, mãos na nunca, virava o pescoço para os lados
Levantou, pegou um bloco e uma caneta, sentou de novo.
Nao fez nada.
Falou: este sou, real
Aluguel atrasado...
Telefone atrasado...
Eu silenciei.
Olhou-me dentro dos olhos...
Ficou me olhando
Quebrei o instante estranho...
Ri e disse estou apaixonada pelas coisas que ando fazendo.
Foi assim.
domingo, 17 de julho de 2011
Minha vida curta esta cheia
de traços marcas.
Tuas botas pesadas causaram cicatrizes
chagas abertas
expostas ao ar gelado.
Quando doem menos
sinto a falta dos teus passos.
Onde via coragem alegria paixão
so ilusão.
Tua força era nada
teu amor me adoeceu
tuas palavras copias
baratas de livros antigos.
Amei o que não existe.
Assim mesmo sem rima
So medo.
de traços marcas.
Tuas botas pesadas causaram cicatrizes
chagas abertas
expostas ao ar gelado.
Quando doem menos
sinto a falta dos teus passos.
Onde via coragem alegria paixão
so ilusão.
Tua força era nada
teu amor me adoeceu
tuas palavras copias
baratas de livros antigos.
Amei o que não existe.
Assim mesmo sem rima
So medo.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
Cada dia mais longe de mim
cada passo buscando voltar
minha pessoa se perdeu
no ontem de outro caminho.
Assumi a loucura e a paixão
de quem nem tinha amizade
almejei o carinho o encanto
de olhos boca e abraços.
Desviei o passo no traço
torto dos teus dias,
usei a tua medida falsa
para criar um mundo verdadeiro.
Estivesse eu tão certa
da trajetória no mapa
teria usado pedras
não palavras para
marcar minha rota.
domingo, 19 de junho de 2011
Bordando a vida num domingo cinza
ponto a ponto teço o desenho
de madrugadas sonhos e vazios
um alinhavo longo a espera
em ponto miúdo o pranto.
Fios cruzados emaranhados
tal sentimentos descobertos
a tesoura corta a sobra da linha
indecisa não consigo aparar
as sobras em que me transformei
Colorindo o pano vejo a vida
ponto a ponto tramo o desejo
viro do avesso descubro mais
os arremates não me dão a
liberdade de saber que já esqueci
Quase pronto e ainda indefinido
o bordado é uma tela espelho
vejo minha vida embaralhada
meus fios se enredam aos teus
entre nós laçadas pontos cheios
Pensei ter escolhido as cores
exatas certas definidas
ao clarear o dia percebo
meus fios todos cinza
tanto tempo tecendo no escuro
bordei a tela dos dias sem cores.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
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Bela e transparente voa no céu que pinta, sobrevoa as bocas de leão que beijam com mordidas, faz rasantes sobre rosa...