Vai caindo a tarde e a música é a mesma, de outro entardecer, como se o céu fosse um espelho dos dias aqui embaixo.
São reflexos vadios, que voltam com as lembranças.
Aquele olhar distante, aqueles planos, aquele sonho da fotografia,
quando minha mão e a tua faziam sombras alegres na calçada.
Nosso horário de passeio, acompanhar as luzes até a noite chegar,
registrando as silhuetas,
os ciclistas, os encontros.
Quando tempo escrevemos nossa história, sob os jacarandás, acreditando que o destino nos pertencia.
Não precisou despedida, nossa flor não perfumava mais, quando a primeira estrela apareceu.