domingo, 5 de janeiro de 2020
Chegou de noite, do norte.
Entregou na rosa o coração,
era diferente, passageiro do mundo.
Viveu um sonho de algodão.
Olhos vagos cheios de lonjuras,
livres sem saber voar.
Dizia saber amar e escrevia
poesias breves letais.
Eram almas grotescas, retalhos,
de um mundo antigo.
Se conheceram a beira do amanhecer.
Ela sianinha ele gorgurão.
Trocaram as malas, espiaram as almas.
Suspiraram por dias, ele falou do passado.
Muitos fantasmas culotes decotes fricotes.
A janela posou aberta.
De manhã nenhum som.
A cotovia já não sentia nada
se deixou levar pela ventania.
Levou a cortina, sem acabamento.
Leila Silveira
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