segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Debaixo
do viaduto, na madrugada,
almas
desencontradas subvivem
em
acordos sem assinaturas.
Sem
wi -fi, sem rede social, sem assistência natural.
Dormem
abraçados a pedaços de brinquedos quebrados,
se
aninham nos trapos largados.
Cuidam
de si, enquanto cada um por si,
na
infinita noite dos desabrigados, segue.
Um deles
canta baixinho, respeitando um mundo sem arranjos.
Na noite
sem anjos, alguém segura a mão da esperança.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Flamboyant em Porto Alegre
Depois de escrever a
delicada beleza abaixo, Leila Silveira viu outro flamboyant, fotografou e
comentou: "me encanta sem dizer nada". Será que é ela a poesia EM
PESSOA, assim... passeando no verão de Porto Alegre, procurando gentilezas pra
nos dar e ao povo e ao mundo, de Natal?
O Flamboyant, sozinho
no meio da praça,
tomava banho de chuva.
Uma cena de pura sedução
no fim da manhã,
o corpo moreno torneado
altivo sereno, molhado.
A cabeleira flamejante
de um ruivo inebriante,
era um flamboyant,
apenas...
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
A menina, da cara de paisagem,
mergulhou no horizonte,
levantou a linha
e dançou.
O velhaco, sombra de um poeta,
foi tragado pela fumaça,
em longas baforadas
de tediosas ilusões.
A vida acertou os ponteiros.
A trama sem drama,
é o bordado dos dias,
filigranas delicadas,
verbos menores
sentimentos maiores.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Entrou no sonho de cabeça,
viajava no vento sem pressa
bebia cartas,
sopradas escritas mal faladas,
acreditava.
Mudaram as palavras
a poesia perdeu o sentido,
toda verdade era farelo,
ilusórios tempos
mãos entrelaçadas,
na garganta
deixam marcas.
Da loucura fica a sombra
dos olhos sem brilho
sobra a dor,
da distancia
fica a fotografia,
postada pregada furada.
Acreditou nas asas e voou.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Deixando o Pago - Vitor Ramil (estúdio)
Cruzo a última cancela
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Tu És em Mim Profunda Primavera
O sabor da tua boca e a cor da tua pele,
pele, boca, fruta minha destes dias velozes,
diz-me, sempre estiveram contigo
por anos e viagens e por luas e sóis
e terra e pranto e chuva e alegria,
ou só agora, só agora
brotam das tuas raízes
como a água que à terra seca traz
germinações de mim desconhecidas
ou aos lábios do cântaro esquecido
na água chega o sabor da terra?
Não sei, não mo digas, tu não sabes.
Ninguém sabe estas coisas.
Mas, aproximando os meus sentidos todos
da luz da tua pele, desapareces,
fundes-te como o ácido
aroma dum fruto
e o calor dum caminho,
o cheiro do milho debulhado,
a madressilva da tarde pura,
os nomes da terra poeirenta,
o infinito perfume da pátria:
magnólia e matagal, sangue e farinha,
galope de cavalos,
a lua poeirenta das aldeias,
o pão recém-nascido:
ai, tudo o que há na tua pele volta à minha boca,
volta ao meu coração, volta ao meu corpo,
e volto a ser contigo a terra que tu és:
tu és em mim profunda primavera:
volto a saber em ti como germino.
Pablo Neruda
sábado, 21 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
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Bela e transparente voa no céu que pinta, sobrevoa as bocas de leão que beijam com mordidas, faz rasantes sobre rosa...