terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nem percebeu...
me trouxe ares de uma Porto Alegre 
cheiro das ruas
colorido das gentes
verde acinzentado das praças.

Fecho os olhos, vejo o passo miúdo
de senhorinhas do Alto da Bronze,
ouço a gritaria alegre do cortejo
do teatro de rua.

O Guaíba desliza manso
remando o por de sol,
a menina que passa
dentro do carro, soluça,
seu coração foi num balão...

foto Leila silveira junho 2008 Porto Alegre

terça-feira, 6 de setembro de 2011




Setembro é uma menina moça
flores no cabelo cheiro de laranjeira,
Setembro é o amigo que volta
o abraço que fazia falta.
Setembro é mais que fim do inverno
é o colorido das ruas flores nas janelas
esperança de vida, sonhando com
pássaros fora da gaiola.
Setembro sou eu pedindo perdão
colhendo pitangas me achando linda,
acolhida por este chão...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Em agosto nem reparei nas flores,
se houve formosuras pela vida, não ví.
Aguardei setembro como quem espera
o bolo esfriar para comer,
alimentei sonhos de sol e flores
deixei de dormir sonhando com estar
acordada para dar vivas, 
quando chegasse setembro.
O cinza pesado dos dias ficando
lá atras em alguma outra estação
a espera de incautos seres desavisados
apaixonados crentes e cegos .
A constatação não me salva dos abismos
de mim mesma , mas clareia o caminho.