terça-feira, 28 de outubro de 2014

Armarinhos e miudezas
rendas fricotes e chitas
arrepios e vento nos cabelos
esmalte batom e saia,
no mesmo tom rubro,
beijos na ponta dos pés
e alguma alameda florida.
Cartão postal da poesia andarilha.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Trilhos no céu,
vagões sem passageiros
a ilusão, sem bagagem
sem bilhete.
Cruzando,rasgando,riscando
o azul.
foto de Alexandre Sfair

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A poesia simples
sem maquiagem
sem bronzeado
despida de vaidades
verseja sem remos.
É uma guria
caçando grilos, soprando brisas
mudando as estações
só pra se fazer feliz.

terça-feira, 14 de outubro de 2014


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Por Amor

Ele não acorda, salta da cama. Ela dorme mais e sonha colorido.
O cheiro do café extra forte, é um sinal e no sonho ela diz; o meu
é descafeinado. 
O jazz dele faz o sabiá parar e os vizinhos sorrirem,
ela espreguiça segurando o sonho pela beirada.
São iguais e diferentes.
Ele conversa e canta, ela não raciocina direito de manhã e sempre pensa,
ele é maluco.
O dia segue, ele sabe que ela come flor e foge de abelhas, deve pensar,
ela é maluca.
Ela gosta de meditar ele faz alongamento com barulho. 
As vezes não tem palavras,
 ela escreve coisas de um mundo bonito, ele usa aplicativos estranhos e fala com computador.
São iguais e diferentes.
Ela gosta da noite, com ou sem lua, ele adora o dia.
No final da tarde ele boceja ela quer andar até o horizonte,
no espelho cabelos brancos olhos brilhantes.
Dentro, menino e menina.
São iguais e diferentes.



sábado, 4 de outubro de 2014

Era um versinho no sonho,
acordou folhetim.
Voltou para cama
ressuscitar a rima,

despertou poesia de luta
empunhando rendas,
ocupacoração.