Ávido por santas em altares sacros
canta poesia em buracos da noite,
tem a boca suja dos
desmanzelos da madrugada,
é livre dentro da sua prisão.
poeta das vagas rimas
reticente na vadiagem dos dias,
um molambo vadio
sem rosto.
Dentro do esgoto sonha mais,
é desgosto, nasceu no agosto
feito trapo, lambe a saliva
que escorre suja,
entre os dedos fluídos de putas,
poeta do desalento
morreu no esquecimento.