sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Porque a vida é tudo q se sonha.
A poesia,
esta menina q anda nua,
faz troça das regras,
escorrega no verbo,
se lambuza de intenções e continua pura.
Feita de ingênuas línguas,
grita verdades quando murmura doçuras.

Agora não se guarda mais do tempo,
varal de vento para os possíveis sonhos,
amarelinha em esparsas nuvens,
 leva sorvete nas mãos em concha.
 Sem asas, decola nas letras miúdas.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tarde linda,
este vento galante balança pétalas,
mistura flores,
arrepia peles e ainda ri,
quando assusta as borboletas
foto Fernanda Cortez


Abro os braços e abraço tudo que sinto,
 tudo que sonho e todos que me habitam.
 Abro os abraços e encontro a mim a ti e todos.
Amor mansinho, parece brisa,
de fim de tarde,
como andorinhas, que depois somem,
deixando lembranças de mãos dadas,
caminham virando sombras,
no por do sol.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


O verso solto encantou a menina,
fala a língua das borboletas
fotografa a dança dos ventos,
faz do barro poesia,
tem madressilva nos olhos
e asas nas mãos.

Escultura Fernanda Cortez

Ela faz poesia,
ele passa o aspirador,
ele canta ela cozinha.
Vivem na imaculada paz dos dias,
dançam sobre o profano,
benzem os sonhos.
Foto Fernanda Cortez
Tritão incendiava paixões,
ela desenhava o caminho,
resfolegando um amor
virtual
o amante das madrugadas
comia amarguras,
ela caiu em margaridas,
correu da solidão
que havia no soturno olhar,
vive em dias de sol
afastou as brumas
nenhum capitão do mar,
gira um sol bem no meio do peito
é feliz.
Esquina Democrática - Porto Alegre
Porto Alegre é poesia,
 brutal esfomeada
intensa e linda,
uma menina q sonha.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Traz o sol na alma leve,
anda sem medo, 
de encontro à vida,
tece o caminho
com frases curtas
e o infinito em cada beijo.

Escurecido pelos cafés 
das madrugadas,
os versos cantam
 em línguas mortas,
tem sempre uma incauta dama,
confundindo 
escondidas intenções,
nos bilhetes
 banhados de alfazema.





A menina,  da cara de paisagem,
mergulhou no horizonte,
levantou a linha
e dançou.

O velhaco, sombra de um poeta,
foi tragado pela fumaça,
em longas baforadas
de tediosas ilusões.

A vida acertou os ponteiros.

A trama sem drama,
é o bordado dos dias,
filigranas delicadas,
verbos menores
sentimentos maiores.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013



Em tardes de margaridas
pernas de moças
passeiam nas calçadas,
descobrindo o avesso
dos sentidos.

Bordados no coração
profana na pele,
sem entender
o certo o errado,
só sabe da intenção.

Anda com a solidão.
Suave,
se esconde na multidão,
dissipa o nublado do olhar
sorri para a linha do horizonte.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Entrou no sonho de cabeça,
viajava no vento sem pressa
bebia cartas,
sopradas escritas mal faladas,
acreditava.

Mudaram as palavras
a poesia perdeu o sentido,
toda verdade era farelo,
ilusórios tempos 
mãos entrelaçadas,
na garganta
deixam marcas.

Da loucura fica a sombra
dos olhos sem brilho
sobra a dor,
da distancia
fica a fotografia,
postada pregada furada.

Acreditou nas asas e voou.