segunda-feira, 29 de agosto de 2011





Por não se enxergar no espelho,
 pinta o rosto,
como imagina, talvez seria,
uns olhos castanhos esverdeados 
com reflexos de mar.

Pele branca parecendo lua crescente,
cabelos escuros lisos com pontas dançantes, 
sempre desalinhados,
boca cheia, de palavras não ditas.

Aquela quer mais vida,
que esta,
 que escreve poesias.

A imagem não sofre nem chora
se apagará um dia, sem tristeza,
desbotada
guardada em páginas de algum livro,
esperando ser decifrada, 
desvendada.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011




escrevia poesia
ventania derrubou a rima
levou para longe
o verso puro
das minhas impurezas...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011





A estética do frio...
Vitor sabia
que este lado gelado dos trópicos
traz este prazer de chorar
sozinho com a cuia na mão.

Olhar o branco do lado de fora
pensar em Neruda ouvir Nei Lisboa,
sonhar com primaveras de sol e flores,
ter saudades do calor tórrido
sentir falta dos suores vapores
decotes ombros e pele a mostra.

O amor em mim hoje
tem um frio insuspeito de inverno
do ser que amadurece.