domingo, 31 de agosto de 2014


Por trás os montes
vem ela com birras,
eu leio;
rendas de bilros,
me encanta a palavra
o rendado e a vida,
linda vida se bordando
entre oceanos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014


De cabeça baixa,
o menino atravessa o nevoeiro
comprimido dentro de si,
como agosto,
 entre inverno e primavera.
Tem andorinhas no céu,
que a adolescência não vê.
ben te vis cantam,
 no quintal do dia,
só o poeta ouve.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Cobra, 
mordendo o próprio rabo,
desenha linhas em pontes
movediças,
corre línguas mortas
no fio da lâmina,
sem cabo.
Escreve mapas entesourando
promessas,
vive em dívidas
sem duvidar de frígidas
flores,
 espetadas na moldura.
Vira e revira o rascunho
diario funesto,
cobra iniciando pelo rabo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ainda tomo chá
pensando que
quando crescer
vou ver o mundo
que foi prometido.
Tanto vem tanto vai
um dia acaba no outro
também.
Sem algazarra nem utopia
deve ter paz
nem que seja no fundo
da xícara.

sábado, 9 de agosto de 2014



 Agosto costuma usar paletó
guarda chuva debaixo do braço,
esconde uma poesia no bolso,
cravo na lapela e seduz,
com ar de desgosto.





sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Estas marcas no teu rosto,
dos dias alegres das noites quentes
dos longos invernos, dos dias vividos,
estas marcas no teu rosto,
são a minha maior felicidade.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

 Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.
 No meio você coloca ideias.” 
Pablo Neruda