quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Em agosto nem reparei nas flores,
se houve formosuras pela vida, não ví.
Aguardei setembro como quem espera
o bolo esfriar para comer,
alimentei sonhos de sol e flores
deixei de dormir sonhando com estar
acordada para dar vivas, 
quando chegasse setembro.
O cinza pesado dos dias ficando
lá atras em alguma outra estação
a espera de incautos seres desavisados
apaixonados crentes e cegos .
A constatação não me salva dos abismos
de mim mesma , mas clareia o caminho.



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