domingo, 25 de outubro de 2009

Quis me benzer
nas tuas águas
entrar no teu açude.
mergulhei de cabeça
só machuquei meu coração
sem respirar, voltei.
Afogada para sempre.

sábado, 24 de outubro de 2009

Me dá você para eu brincar de pirilampo...
e se me der de volta meia luz
te dou meia boca, boca inteira
toda boca
pedaço da pele.
junto nossos mares oceanos
misturo nossas cores
faço poesia cantando
saio voando.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Teus medos

Ruas sem saidas
Rotas seguras.

Nehuma surpresa.

Amanheceu florada
no caminho.

Receio.

Mudar o caminho
ou
Abortar a floração?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Feliz,
do lado de fora da minha janela
flores miúdas desabrocham
me fazendo acreditar
que a primavera existe.
agora nao posso,
virar libélula e dançar
em torno da flor
ou da lamparina.
pq estes sinos
q só eu ouço,
sao maravilhosos...?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

se ficasse cega hj
ainda veria tua beleza
e teus olhos morenos
brandos
cheios de anunciação,
tua boca que conta histórias
teu cheiro que lembra o campo
teu jeito de tempo
que não passa.

sábado, 10 de outubro de 2009

Os Dias de Hoje

Cada dia aqui um monótono
deslizar de tempo.
Arrastar correntes.
Nada tem razão ou fim.
As janelas estão abertas
mas não deixam passar a luz,
nas ruas todos iguais
nem borboletas ou magnólias.
As casas sombrias os caminhos
íngremes.
Levo minha mala pesada
dentro a poesia sufocada
amordaçada alegria
os sonhos empacotados.
Buscando forças para alcançar o porto.
Partir sem olhar para tras.
Seguir.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Que beleza é essa que carregas dentro de ti.
A qual nunca vi por aqui
Não vi por essas bandas
Não sei se cantas...Mas encantas...com certeza
Não sei se sabes mantras
Mas o semblante não engana
Parece uma lua cheia...Cheia de graça
Pessoa inteira
LEILA SILVEIRA
( Ricardo Zymbábwe )
Pra sempre é agora.
desembrulha a fantasia
desperta meus sentidos
desprende tuas asas e vem p mim...
Lua cheia Cais do Porto Porto Alegre novembro 2008.

A poesia é uma guria
O poema um rapagão
De encantos que se encantam,
Trocam sonhos
Farpas ciúmes
Doçuras meiguices.
A poesia dança
Mostra os tornozelos
Uma fresta de perna.
O poema encara
Não enfeita.
Entra e fala
Pega de jeito.
A poesia nao cede
Concede.
O poema afoito esbarra
Na candura
Modela o corpo
Encaixa a poesia
...e a lua de longe
assiste entende.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para amigo querido aniversariando.

Tem uns poucos anos atrás
Nascia menino moleque
Que viria um dia ser
Poeta.
Enquanto crescia descobria
Que para ser feliz
Basta amar e ser amado.
Declarar amor a vida
As pessoas e aos apreços.
Menino crescendo todo dia
Fitando a vida sabia
Que um dia viraria
Páginas e ciclos.
Sentia medo e se jogou,
Se atirou para dentro das palavras.
Poetou rimou brincou.
Foi parar em páginas de jornais
Revistas nacionais
Membro até de Saraus.
Das corredeiras da vida
Fez poemas poemetos poesias.
Das lidas campeiras dos chasques
Fez belas letras com sonoridade.
Cantou sua amada filhos e amigos
Águas jornadas e passaradas.
Hoje bendiz toda vida
Por estar entre os seus
Ter amigos
Estar bem vivo e cada dia
Mais moleque.

Menino,
Garoto ainda.
Que busca?
Porque busca?
E busca em mim?
Olha para o lado, para trás e para frente,
Olha.
Você garoto
Tem uma luz linda,
Tem
Charme
Está se fazendo homem,
Aos poucos.
Tem um gosto diferente
Gosto de fruta não amadurecida
Tem cheiro da brisa
Tem cor de amanhecer.
Olhar de quem vê o que virá.
Você Garoto
Nem sabe ainda
Que tanta dor anda por aí,
Nem imagina
Quanto caminho
Se caminhou,
Por onde já se andou.
Nem entende
Dos porquês
Porque não pode,
Porque não dá,
Porque ...
Você só quer, sem imaginar
O peso que isso tem.
O profundo sentimento que desperta
E o medo que isso dá.
Quase como uma criança birrenta
Quase como um homem cheio de si
Não importa, não importa, vc diz.
Eu digo, importa.
Importa sim.
Temos outros tempos, somos de tempos diferentes
De lugares e sonhos diferentes
O sentir é igual
Mas isso não conta
O que conta é como,
É o quê.
Mesmo assim Garoto
Não te aflige,
Para você está guardado
Muito sentir,
Muito amor e muito sonho.
Logo alí
Ao dobrar a esquina surgirá
Linda menina
Trazendo para você felicidade plena
Realidade como a tua

E no teu tempo.
Só quem precisa sempre andar sabe o tamanho da saudade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Quando parte um amigo

parte da gente

segue com ele.


Um punhado de risos

tantos pedaços de sonhos

constelações inteiras

de momentos.


Fica a metade faltosa

o abraço no ar

a parceria da vida,

os pedaços de nós

agora em cacos

sem cola.