segunda-feira, 1 de junho de 2015

A vida assim é uma delícia, 
tua mão percorre meu pescoço suavemente.
No ar uma canção antiga, romântica e linda, 
como deveriam ser todas melodias, destes instantes.

 Desmembrados dos dias atuais, 
das correntes de hiperatividade do mundo, estamos sós.
E tua mão, como um colar, roçando minha nuca e meus pensamentos, 
sorrindo, dançando, momento perfeito de uma manhã de domingo. 

Depois de um temporal, depois da chuva, depois do vento.
 Como  se o mundo tivesse tido uma noite 
de amor selvagem, depois só paz. 
Nem brisa entra pela janela.
  O ar é friozinho e não se ouve barulho da rua.

Acabou se o mundo e sobramos nós, 
dentro da nossa intenção de viver de amor.

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