A vida assim é uma delícia,
tua mão percorre meu pescoço suavemente.
No ar uma canção antiga, romântica e linda,
como deveriam ser todas melodias, destes instantes.
Desmembrados dos dias atuais,
das correntes de hiperatividade do mundo, estamos sós.
E tua mão, como um colar, roçando minha nuca e meus pensamentos,
sorrindo, dançando, momento perfeito de uma manhã de domingo.
Depois de um temporal, depois da chuva, depois do vento.
Como se o mundo tivesse tido uma noite
de amor selvagem, depois só paz.
Nem brisa entra pela janela.
O ar é friozinho e não se ouve barulho da rua.
Acabou se o mundo e sobramos nós,
dentro da nossa intenção de viver de amor.
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