sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lua,
 este é um jogo perigoso: 
saber qual de nós duas
 fica mais tempo em silencio? ... 
Hoje sou cheia e tu, platéia.

Para um blog que morre...

Em poesia desfiou a vida,
contida entre as linhas
esperanças e conquistas.
Sem marcha a ré,
apaga os restos
sem olhar sobre os ombros.

Triste sina de viver
tão intensamente e se apagar
na curva.
Mortas deusas, divas, meninas e letras.
Sem prosa descortinou a alma,
em retidão solitária
emparedou a arte bela,
descrita em doces bocas,
ardentes comentários.

Espirituosamente assassina o 
criador divino,
senta nos degraus do tempo,
sem reconhecer
crime ou alento.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pensei em flores de Frida,
em cores de vida e algumas dores de leila,
pensei em pétalas de moças
em ilusões com cheiro de jasmin,
quero colher a flor que envia pra mim,

dentro dos recados alados do beija flor.

terça-feira, 16 de abril de 2013

nada perdura,
é sempre nova a
paisagem na janela
muda o aroma,
a lua tem novo brilho
mas nada dura,
nem o sonho
nem a vida,
quiçá a poesia...
 
 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

tem casa que tem janela e não tem flor...


aquela velha casa triste
pintou um sorriso na rua florida,
e o poeta, 
vendo beleza de porta
e tramela, telhado quebrado
cheia de história, na esquina do mundo.
 
(imagem antiga Casa de Correção de Porto Alegre)
 
E eu aqui,deixando rastros entre as estrelas,
para que me siga entre os luzeiros,
me encontre na Ursa Maior,
bordando o céu em ponto cruz,
fazendo um caminho de poemas...

terça-feira, 9 de abril de 2013

os amores mornos
não fazem chorar
nem arrancam a pele,
por isso vou até o fundo,
sem respirar,
pra voltar ofegante
rindo da falta de ar...

segunda-feira, 8 de abril de 2013


 
Amo em gotas e pedaços
Amo cada traço
Me desfaço em fios
E trapos,
Porque amo terno
E farrapos,
Como meu coração,
Um retrato de flor e aço.

sábado, 6 de abril de 2013

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Em respeito à este momento tão precioso,
deito no véu da noite agradecendo a transformação, 
quando amanhecer, 
meu sonho abre a pequenina janela e sorri. 
Uma casa precisa de teias de aranhas 
 com pedaços de esperança pendurados.


Enfim, assumindo seu novo mundo,
entraram pela porta dançando. 
A melodia antiga enlaçou as almas 
no espaço, no encalço da felicidade, 
marcaram os passos... 
Américo Flávio foi bom te esperar. 
Me dance...
Entre nuvens e novelinhos
em véus de seda
adentro o céu
e vou de encontro aos teus carinhos.
Em tua boca enfeitiçada e louca
despejo verbos e universos.

Assim seguimos rumos:
de dia, lambuzando o mundo
nas cores dos nossos burburinhos.
À noite, deixando rastros insanos
e roupas pelos caminhos.
Américo Flávio

A boca da noite
comeu a lua,
lambeu o verso,
descarado,
entre milhares de olhos,
ainda cantou um blues.