terça-feira, 25 de maio de 2010

Quando Ele se apaixonou
pela jovem filha do taberneiro,
houve um alvoroço surdo nas alcovas.



Farfalhar de saias sedas e rendas,
motivos de espelhos quebrados
vidros de perfumes espatifados...



Quando a jovem demonstrou seu amor
por Ele
só suspiros e ais,
muitas viúvas a chorar e lamentar,
os presentes e mimos todos guardados.



Ele tinha um amor,
de olhos novos para um cansado andar
boca florida de beijos
pele macia cheia de desejos desconhecidos.



Não foi por acaso que a rua
amanheceu cheia de fel
e a casa inteirinha cheirando a mel.

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