terça-feira, 25 de março de 2014

Ávido por santas em altares sacros
canta poesia em buracos da noite,
tem a boca suja dos 
desmanzelos da madrugada,
é livre dentro da sua prisão.
poeta das vagas rimas
reticente na vadiagem dos dias,
um molambo vadio
sem rosto.
Dentro do esgoto  sonha mais,
é desgosto, nasceu no agosto
feito trapo, lambe a saliva 
que escorre suja,
entre os dedos fluídos de putas,
poeta do desalento
morreu no esquecimento.


segunda-feira, 24 de março de 2014

sábado, 15 de março de 2014

Pela janela,
entra um ar de outono,
me pega fixando saudades
com fita transparente,
sem rima no silencio da tarde
imagino parar o tempo,
como quem quebra um trem.
Descarrilha fotos risos abraços,
tem estação nos dias,
que não mudam com os ventos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Distribuiu sorrisos na avenida
amanheceu na realidade,
sem purpurina, nem fantasia,
atravessou o samba, cantou
a cidade vazia quando lavou
o corpo com poesia.

quinta-feira, 13 de março de 2014

o teu amor Alexandre Moraes, é feito de pequenos detalhes,
parte do meu sorriso, vem deste teu jeito suave de abraçar, 
antes que eu dance sozinha, tu me enlaça.

quarta-feira, 12 de março de 2014

E se a alegria se espalhasse?
E o vento levasse sonhos,
os pés dançassem e as bocas
perdidamente beijassem?
Quebrada a constância dos dias,
os olhos beijariam, as almas dançariam,
 bocas sonharíam
e o vento abraçaria.

terça-feira, 11 de março de 2014


Brinca de fazer novos dias
assusta passarinhos,
dançando descalça pelos fios,
canta bem alto o amor.
Sem medo de cair,
avoa avoa avoa...

segunda-feira, 10 de março de 2014


A estação muda,
troca a pele
vira a página,
outra moda
o mesmo céu.
Preciso de um batom
cor de aurora.

terça-feira, 4 de março de 2014

Poesia breve
são nuvens ligeiras,
rimam aqui
respingam longe.
No horizonte,
o passado é
uma delas,
bem grande,
rosada.

segunda-feira, 3 de março de 2014

A gota,
suspiro do suor,
escorria lentamente,
escandalizou o dia.
Assistida,
fez da manhã,
tela de cinema.

sábado, 1 de março de 2014

Bom mesmo é ver os dias,
entrando lentamente
pela janela aberta,
sentir o perfume do tempo,
desenhos no horizonte.
Bom mesmo é reconhecer as flores.

Gravataí-Rs leila silveira