sábado, 27 de julho de 2013


Assim como veio, foi embora
pálida imagem de um poeta 
perdido nos seus infernos,
pesadelos entranhados na alma
cheia de cracas.
Abriu as portas e as janelas
levou as dores e as chagas,
deito sorrindo levanto 
agradecendo,
foi difícil segurar a vontade 
de não falar.
Tantos planos projetados,
menos a vontade de beijar
a boca lamacenta de verde asco.
Cheirando vidas amarguradas
aromas de desespero, vidas 
encordoadas, presas
dentro daqueles olhos de anzois.
Ainda canta de sereia no velho mar
faz poesia para iludir
foi-se ao mar
e morrerá. como viveu.

2 comentários:

  1. Oi Leila! Passando para agradecer e retribuir a tua honrosa visita e amável comentário, bem como me deliciar com mais uma das tuas belas criações, Poema lindo, profundo, porém um tanto melancólico.

    Abraços, um bom final de sábado e um ótimo domingo pra ti e para os teus.

    Furtado.

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