Devolve minha caneta
na ponta dela
minhas palavras.
Devolve minha caneta
era ela só da poesia,
meus dedos marcados nela
real nada virtual.
Minha caneta é corpo
encena pedaços de vida
conta todas histórias.
Devolve
porque agora minha
caneta em tua mão
mistura tudo
a poesia e a prosa.
Devolve minha caneta
cheirando a fuligem
asfalto, noite luares
devolve antes que
ela só queira contar
do campo do riso e da terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário