quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Sou o periódico antigo
com notícias de angústias presentes,
página inteira de desfolhada
ausência.

Sou a matéria vespertina
do que não amanheceu,
braços cruzados,
assassinato na esquina da meia luz.

Registro sem assinatura,
só mais uma leitura
junto do café com pão
de todo dia.

2 comentários:

  1. Ótimo! Excelente criação no mais puro clima niilista. Assim foi minha percepção deste poema. Afinal, nem tudo são flores na poesia assim como na vida. Somente resta ao leitor a dúvida: é um poema intimista ou é um ensaio sobre o mundo?

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  2. É só uma poesia... e, Vinicius já disse: "poeta, sórdido poeta".
    ♪ARPA♪

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