Sou o periódico antigo
com notícias de angústias presentes,
página inteira de desfolhada
ausência.
Sou a matéria vespertina
do que não amanheceu,
braços cruzados,
assassinato na esquina da meia luz.
Registro sem assinatura,
só mais uma leitura
junto do café com pão
de todo dia.
Ótimo! Excelente criação no mais puro clima niilista. Assim foi minha percepção deste poema. Afinal, nem tudo são flores na poesia assim como na vida. Somente resta ao leitor a dúvida: é um poema intimista ou é um ensaio sobre o mundo?
ResponderExcluirÉ só uma poesia... e, Vinicius já disse: "poeta, sórdido poeta".
ResponderExcluir♪ARPA♪