quarta-feira, 18 de março de 2015


Fechou a gaveta com força, bateu a porta, derrubou a cadeira.
Pessoas agitadas, são piores que tormenta no meio da tarde de sol. São inquietas, perturbam, não ouvem pensamentos, até os passos fazem ruído alto. 
 
Desconhecem  o silencio precioso dos momentos de paz, temem a falta das vozes, em eterno blá blá blá.
São tremores de terra perto de quem gosta de ler ou escrever. 
Tanto mais barulho fazem, menos se percebem. 
Gostaria de escrever como uma torneira pingando,sem parar, barulho chato q tira o sujeito do ar.
Desenvolveria  um texto cadenciado com barulhos de se ler, pediria para ler em voz alta e pausada, (melhor não) desisto, eu seria castigada, tumulto sonoro.
 
Vontade de presentear estas criaturas, com uma válvula tipo de panela de pressão , quando estiverem muito agitadas, só abrir a saída de vapor, despressurizar a energia . São incapazes de conviver com todos que tem o prazer de sentirem um tipo de mormaço natural, dos sem ataques de histeria seja pelo que for.
 
Pessoas barulhentas são como portas batendo em dias de ventania, ninguém sabe bem qual é a que precisa fechar, ecoam no fundo do pensar, acabam com inspirações. Até mesmo quietas, fazem ruídos, chiados,alta carga elétrica zumbindo.
 
Por isso gosto do vento, me sopra verdades sem nenhuma preocupação de realmente ser ouvido. 


Um comentário: