Nasci ontem, longe no tempo
em sonhos rebuscados de poesia e cor,
no velho caramanchão uma tarde morna,
aquece o olhar de quem tem saudade.
Ouvir o som dos dias no badalo da capela
sentir o perfume de gardênias e cravos,
escrevendo uma interminável carta
caligrafia caprichada desenhada,
destilando dolente romance.
Entre as dobras das saias se esconde
a vontade, a
verdade, o pranto,
nas tantas
linhas escritas
uma palavra apagada,
sob a mancha da gota a eternidade:
te espero porque te amo.
Excelente poema. Trouxe-me à memória o meu tempo de menina. Abraços
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