Meus pertences
tarecos e troços tão poucos,
Minha mobília
cabe no bolso de trás,
Meus sonhos
diáfanos , gigantes
evolam sem peso,
Minha pessoa miúda
até o cabelo
é pouquinho,
grande é o brilho
no olho
Frondoso o amor,
Sonhadora a menina
Sensual a mulher,
declaro estar lúcida
e nada sã,
por isso nada deixo
de herança.
Talvez uma poesia
esquecida,
ate mesmo a alegria
o sorriso maroto
roubei de mim mesma
e ,
levo junto.
Sinto muito.
O "posto mortem" das pessoas para com os sucessores seria mais sincero e proveitoso com relação aos momentos da existência em Vida.
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